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Arquivo do mês: novembro 2010
Resumo de um almoço prosaico
Entre odes e parábolas, a realidade vai se compondo pela maravilha do absurdo. Gente comum emaranha-se em cotovelos e cheiros esparsos pelo centro da cidade. Capturam fragmentos de conversas alheias, olhares cruzados fugidios e a sensação confortável da letargia, que … Continuar lendo
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Por que no Rio tem pato comendo lama?
Sons ofegantes, tribos mamelucas, pontes para Recife e overdrives. O teatro bestializado da lama sem a crueza da fome, com a esperança do caos refazendo a vida, o nonsense desvirginando o óbvio: não chorar! Já ouvi, calma! Cirandas, rodas, alfaias … Continuar lendo
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A sorte
Temo a sorte por princípio. Como defensor relutante Do mundo pessimista Obriga-me o posicionamento político De negá-la. Odeio sem odiar Ela que não se anuncia Que não prevê Que ousa em não se identificar E mesmo quando falido Sem alternativa … Continuar lendo
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Cons(c)ertando um buraco
– Seu Paulo, o ralo tá cheiando! – Continua mandando água de rodo pra lá… – Mas ta ficando cheio que só… Já já transbordando – ´ntão conserta! – Mar ta chovendo à beça, seu Paulo! – Porra, João: alguém … Continuar lendo
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Novembro. Dia 12. 2010
Sem espelhos a vida flui sem ti. Tu, que finges não ver, de repente te enxergas num arco-reflexo repentino: serei eu ou é a própria carne? Pergunta do tipo: Será o Benedito? Ou é o filho dele? E é assim … Continuar lendo
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